sábado, 26 de janeiro de 2008

Água oxigenada, como funciona.

Por que a água oxigenada faz espuma quando colocada em um corte?

A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio (H2O2), é um produto que você pode comprar em farmácias. Mas o que você compra, na verdade, é uma solução de 3%, o que significa que o vasilhame contém 97% de água e 3% de peróxido de hidrogênio. A razão da água oxigenada formar aquela espuma é pelo fato de o sangue e as células conterem uma enzima chamada catalase. Como um corte ou um arranhão contem sangue e células danificadas, existe grande quantidade de catalase ao redor dessa região.

Quando a catalase entra em contato com o peróxido de hidrogênio, acaba transformando esse peróxido de hidrogênio (H2O2) em água (H2O) e gás oxigênio (O2).

2H2O2 --> 2H2O + O2

A catalase faz isso de maneira extremamente eficiente, com até 200 mil reações por segundo. E as bolhas que você vê na espuma são bolhas de oxigênio puro, sendo criadas por ela. Tente colocar um pouco de peróxido de hidrogênio em uma batata cortada, e irá acontecer a mesma coisa e pela mesma razão: a catalase nas células danificadas da batata irá reagir com o peróxido de hidrogênio.

A água oxigenada não forma espuma na garrafa ou na sua pele porque não há catalase para ajudar a reação a ocorrer, e ela é estável à temperatura ambiente.

Postado por Carlos Dantes e Eliana (26/01/08)

Fogo, uma conquista revolucionária do Homem

Os antigos gregos consideravam o fogo um dos elementos fundamentais do universo, junto com a água, a terra e o ar. Esse conjunto faz sentido intuitivamente: você pode sentir o fogo assim como pode sentir os outros três elementos. Você pode também vê-lo, cheirá-lo e movê-lo de um lugar para o outro.


Mas o fogo é algo completamente diferente. Terra, água e ar são formas de matéria (eles são feitos de milhões de átoms agrupados). O fogo não é matéria, mas sim um efeito secundário visível e tangível da matéria em modificação (é parte de uma reação química).


Normalmente o fogo surge de uma reação química entre o oxigênio na atmosfera e algum tipo de combustível (madeira ou gasolina, por exemplo). Obviamente, a madeira e a gasolina não pegam fogo espontaneamente só porque estão cercados de oxigênio. Para que a reação de combustão ocorra, você precisa aquecer o combustível até sua temperatura de ignição.


Eis a seqüência de eventos quando um pedaço de madeira pega fogo:
Alguma coisa aquece a madeira até uma temperatura bem alta. O calor pode vir de diferentes origens, um fósforo, um foco de luz, fricção, relâmpago ou outra coisa que já esteja queimando.
Quando a madeira atinge aproximadamente 150ºC, o calor decompõe parte do material de celulose que constitui a madeira; parte do material decomposto é liberado na forma de gases voláteis. Esses gases são conhecidos como fumaça (em inglês). A fumaça é composta de hidrogênio, carbono e oxigênio. O resto do material forma carvão, que é quase carbono puro, e cinza, que é composta de todos os minerais da madeira que não queimam (cálcio, potássio, etc). Carvão é o que você compra como carvão vegetal. É a madeira que foi aquecida para remover quase todos os gases voláteis, sobrando o carbono. É por isso que o fogo feito com carvão queima sem fazer fumaça.
Quando os gases voláteis estão quentes o suficiente (cerca de 260ºC, no caso da madeira), as moléculas constituintes se quebram e os átomos se recombinam com o oxigênio para formar água, dióxido de carbono e outros produtos. Em outras palavras, eles queimam, o carbono do carvão também se combina com o oxigênio, que é uma reação muito mais lenta. É por isso que o carvão vegetal da churrasqueira pode continuar quente por bastante tempo. Um efeito secundário dessas reações químicas é muito calor. O fato de as reações químicas no fogo gerarem bastante calor novo é que mantém o fogo.
Muitos combustíveis queimam em uma etapa. A gasolina é um bom exemplo. O calor vaporiza a gasolina e essa queima como gás volátil. Não há carvão.
Os humanos também têm aprendido como dosar o combustível e controlar o fogo. Uma vela é um instrumento para vaporizar e queimar lentamente a cera, à medida que se aquecem, os átomos de carbono que estão subindo (assim como os átomos de outros materiais) emitem luz. Esse efeito de "luz produzida pelo calor" é chamado de incandescência e é o mesmo tipo de efeito que cria a luz em uma lâmpada. É o que causa a chama visível. A cor da chama varia dependendo da temperatura e do material que você está queimando. A variação de cores dentro de uma chama é causada pelas diferentes temperaturas. Normalmente, a parte mais quente de uma chama (a base) é azul e as partes mais frias do topo são alaranjadas ou amarelas.
Além de emitirem luz, as partículas de carbono que sobem podem se acumular nas superfícies ao redor, na forma de fuligem.
O fogo forma uma esfera na microgravidade. O que há de perigoso nas reações químicas que ocorrem no fogo é o fato de serem auto-perpetuáveis. O próprio calor da chama mantém o combustível na temperatura de ignição, contribuindo para que queime enquanto houver combustível e oxigênio. A chama aquece todo o combustível que há ao redor, de modo que esse também libera gases. Quando a chama causa a ignição dos gases, o fogo se alastra.
Na Terra, a gravidade determina como a chama vai queimar. Todos os gases quentes presentes na chama são muito mais quentes (e menos densos) do que o ar ao redor, portanto, se movem para cima em direção à menor pressão. É por isso que o fogo normalmente se espalha para cima e também é por isso que as chamas ficam sempre "apontando" para o alto. Se você precisasse acender fogo em um ambiente de microgravidade - por exemplo, em um ônibus espacial - ele teria a forma de uma esfera.


Postado por Carlos Dantes e Eliana (26/01/08)

Ferrugem como se forma?


A ferrugem é um nome conhecido para um composto muito comum: o óxido de ferro. O óxido de ferro, cuja fórmula é Fe2O3, é comum porque o ferro se combina rapidamente com o oxigênio - tão rapidamente que quase não encontramos ferro puro na natureza. O ferro (ou aço) enferrujando é um exemplo de corrosão: um processo eletroquímico que envolve um ânodo (um pedaço de metal que prontamente perde elétrons), um eletrólito (um líquido que auxilia os elétrons a se moverem) e um cátodo (um pedaço de metal que prontamente aceita elétrons). Quando um pedaço de metal corrói, é o eletrólito que ajuda a fornecer oxigênio ao ânodo. Como o oxigênio se combina com o metal, os elétrons são liberados. Quando os elétrons fluem pelo eletrólito até o cátodo, o metal do ânodo desaparece, levado pelo fluxo de elétrons ou convertido em cátions de metal como a ferrugem.
Para que o ferro se torne óxido de ferro, são necessárias três coisas: ferro, água e oxigênio. Eis o que acontece quando eles ficam juntos: quando uma gota de água atinge um objeto de ferro, duas coisas começam a acontecer quase que imediatamente. A primeira é que a água (um bom eletrólito) se combina com o dióxido de carbono do ar para formar um ácido carbônico fraco, que é um eletrólito ainda melhor. Conforme o ácido se forma e o ferro se dissolve, uma parte da água irá começar a se quebrar em seus dois componentes: hidrogênio e oxigênio. O oxigênio livre e o ferro dissolvido se ligam para formar óxido de ferro, liberando elétrons no processo. Os elétrons liberados do ânodo do ferro seguem para o cátodo, que pode ser um pedaço de metal eletricamente menos reativo do que o ferro, ou até outro ponto do mesmo pedaço de ferro.
Os compostos químicos encontrados em líquidos como a chuva ácida, água do mar e a neve salgada que cai nas estradas próximas aos grandes lagos fazem deles eletrólitos melhores do que a água pura, permitindo que acelerem o processo de ferrugem e de outras formas de corrosão em outros metais.
Postado por Carlos Dantes e Eliana

Colesterol sanguíneo x colesterol do alimento


Parece surpreendente que o corpo produza todo o colesterol que precisamos. Quando um médico solicita um exame de sangue para medir o nível de colesterol, ele está, na verdade, medindo a quantidade do colesterol que circula no sangue, ou o nível sangüíneo de colesterol. Aproximadamente 85% dos níveis sangüíneos de colesterol são endógenos, o que significa que ele é produzido pelo nosso corpo. Os outros 15% vêm de fontes externas: carne, frango, peixe, frutos do mar e laticínios. Algumas pessoas conseguem ingerir comidas ricas em colesterol e, ainda assim, ter baixos níveis de colesterol no sangue. Da mesma forma, é possível ingerir comidas com baixo colesterol e ter um alto nível de colesterol no sangue.
Então, por que se fala tanto sobre o colesterol na alimentação? Porque o nível de colesterol que já existe no sangue pode aumentar devido ao alto consumo de colesterol e gorduras saturadas na alimentação. O aumento no colesterol da alimentação tem sido associado à aterosclerose (formação de placas que podem estreitar ou bloquear os vasos sangüíneos). Se as artérias do coração
entupirem, pode haver umInfarto. A artéria entupida também pode desenvolver pontas duras, o que pode causar a quebra das placas, obstruindo os vasos sangüíneos de qualquer lugar do corpo. Um vaso sangüíneo entupido no cérebro pode causar um derrame.
A American Heart Association - Associação Americana do Coração,
recomenda a diminuição da ingestão diária de colesterol para menos de 300 mg. É óbvio que pessoas com altos níveis de colesterol no sangue devem ingerir ainda menos.